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notícias - 26 Novembro 2014

Bancos mantêm a taxa de crescimento

Bancos mantêm a taxa de crescimento

Os seis maiores bancos de Moçambique, após terem aumentado em 2012 os activos em mais de 25 por cento, mantiveram em 2013 uma taxa de expansão de dois dígitos, a par do reforço nos lucros, mostra um relatório da Eaglestone Securities

As contas dos seis maiores bancos - Millennium bim, BCI, Standard Bank, Moza Banco, Banco Único e Barclays - revelam, uma subida de 19 por cento nos activos líquidos, para perto de 8,5 mil milhões de dólares (850 mil milhões de kwanzas) em 2013, demonstra aquele relatório.

O aumento vem na esteira de outros dois dígitos - 28,6 por cento em 2012 e 10,9  em 2011 - e é acompanhado de melhorias nos rácios de empréstimos sobre depósitos (mais 5,4 por cento), empréstimos sobre activos (3,9) e de lucros (mais 13, para 174 milhões de dólares - 17,4 mil milhões de kwanzas).

A Eaglestone salienta que a melhoria "sustenta-se num desempenho operacional mais forte" do que em 2012.

Com Moçambique a receber níveis recorde de investimento estrangeiro, direccionados sobretudo para a exploração e extracção de recursos minerais, como o gás natural e o carvão, o sector financeiro moçambicano é dos que apresenta melhores perspectivas de crescimento.

A Economist Intelligence Unit anunciou que o PIB de Moçambique deve crescer este ano 7,3 por cento  e 7,8 no próximo, impulsionado pela extracção de carvão e investimento em infra-estruturas de transportes, mas também com fortes crescimentos nas telecomunicações, indústria e serviços financeiros. A partir de 2016, a construção de infra-estruturas para o gás natural serve de "motor" para o o crescimento económico.

A Eaglestone Securities sublinha que "o crescimento significativo" do sistema financeiro moçambicano nos últimos anos reflecte também "o objectivo das autoridades locais de aumentar o acesso da população aos serviços financeiros", que se traduziu num aumento forte no número e tipos de entidades no mercado. O nível de acesso a serviços bancários está actualmente em 20 por cento da população, menos de metade da média na África a sul do Saara, mas o objectivo é atingir 35 por cento em 2022.

O tamanho do sector bancário é considerado ainda modesto, com activos totais de dez mil milhões de dólares (um trilião de kwanzas) em 2013, menos do que qualquer um dos três maiores bancos de Angola.

Os dois bancos moçambicabos com mais activos são de capital português: o Millennium bim (com 2,93 mil milhões de dólares - 293 mil milhões de kwanzas) e o BCI - Fomento (com 2,76 mil milhões de dólares - 276 mil milhões de kwanzas).

A seguir estão o Standard Bank (1,4 mil milhões de dólares - 140 mil milhões de kwanzas), de capital sul-africano, o Barclays Bank (572 milhões de dólares - 57,2 mil milhões) e o Moza Banco (493,7 milhões de dólares - 49,4 mil milhões), participado pelo Novo Banco, entidade financeira herdeira de "activos sãos" do português BES, que se encontra em processo de venda.

http://jornaldeangola.sapo.ao/economia/bancos_mantem_a_taxa_de_crescimento